Experiência - Pequeno Albert

Numa época em que os processos mentais subjectivos eram de principal destaque na Psicologia, um psicólogo nos Estados Unidos, com o nome John B. Watson, tal como Pavlov, discordava desta perspectiva subjectiva. Este behaviorista preferia defender que o objectivo da Psicologia era prever e controlar o comportamento do indivíduo, resultante do condicionamento e da aprendizagem através das experiências pessoais e do meio ambiente. Para Watson, o reflexo condicionado poderia ser muito útil para estudar e explicar o comportamento humano, acreditando na base das nossas respostas psicológicas poderíamos também encontrar o condicionamento clássico, além de ainda postular que os princípios gerais da aprendizagem são aplicáveis a todas as espécies. Na experiência desenvolvida por Watson (1920), em conjunto com Rosalie Rayner, foi verificada uma generalização dos estímulos, em que através de um estímulo neutro (rato branco) associado a um estímulo desagradável (ruído forte), a emoção de medo (enquanto resposta condicionada) no bebe Albert de 11 meses), foi generalizada a todos estímulos com formas semelhantes (bola de algodão branca, coelho de peluche branco, etc.)

Em 1920, John Watson e sua aluna de doutorado, Rosalie Rayner, na Universidade John Hopkins, levaram a cabo a famosa experiência do Pequeno Albert.
Este trabalho que demonstrou uma evidência empírica do condicionamento clássico, assentou nos seguintes passos. Inicialmente Watson e Rayner fizeram com que o bebé Albert (de 9 meses de idade) fosse estimulado ou exposto de modo breve a um rato branco, um coelho, um cachorro, um macaco, máscaras com e sem cabelo, chumaços de algodão, entre outros, ou seja, estímulos de cor branca. Nesta primeira fase de experiência não foi verificada nenhuma reacção de medo por parte do pequeno Albert.
Posteriormente, Watson fez com que o bebé fosse exposto a um som alto, originado (atrás da cabeça do bebé) pelo bater de um martelo numa barra de ferro, sendo ao mesmo tempo apresentado o rato. Inicialmente, de modo a distrair-se desse som desagradável, Albert aplicava seu dedo direito na boca, não tendo sido, contudo, verificada nesta fase, nenhuma estratégia de defesa.
Após a repetição destes estímulos, e no sentido de tentar constatar alguma forma de estratégia de defesa, constatou-se que Albert começou a chorar na presença do desagradável som. Uma semana depois, foi de novo exposto ao rato (mas sem o som) e observou-se que também chorou. Cinco dias depois, foi verificada a mesma resposta (choro) mediante a apresentação de um cachorro, de um coelho e até de uma máscara Pai Natal (que eram tal como o rato de cor branca). Esta mesma resposta aos estímulos que continham pontos de associação nomeadamente a cor, permitiu verificar o processo de aprendizagem ocorrido por força de associação de estímulo, levando à mesma resposta.
Note-se que, pelo facto do objecto da experiência ser um ser humano, Watson foi alvo de numerosas críticas, principalmente incidentes no domínio da ética. Mais precisamente, por recorrer a um sujeito experimental que não tinha consciência da experiência da qual era alvo, não tendo sido também, executada num momento posterior nenhuma técnica comportamental para remover o condicionamento aprendido e incutido





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