Investigação - Rui Costa

O principal investigador no Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, o neurocientista Rui Costa, foi abastecido com uma bolsa de 1,6 milhões de euros com o objectivo de, num prazo de cinco anos, tentar encontrar as discrepâncias cerebrais, a nível molecular, entre as acções executadas por rotina ou compulsividade e as acções novas.

Com este trabalho, Rui Costa ambiciona empregar ferramentas moleculares, de circuito, para explorar quais as partes do cérebro, as moléculas, os receptores que se encontram relacionados nas acções intencionais e nas de rotina. No sentido de explicitar melhor o propósito da investigação, Rui Costa explicou que "Sempre que iniciamos uma nova acção, por exemplo, conduzir de casa para o trabalho, quando fazemos o caminho pela primeira vez, temos de prestar atenção; mas já com o tempo, autonomizamos a viagem e acabamos por cair na rotina e não precisamos de fazer tanto esforço”.
Em termos de propósitos futuros, o investigador espera e ambiciona que este estudo poderá auxiliar um apoio quer no domínio da neurociência (funcionamento cerebral, etc…), quer no domínio das perturbações de cariz neurológico e psiquiátrico, nas quais os sujeitos têm dificuldades em estabelecer tarefas fixas (rotinas), ou pelo contrario, “vícios” (comportamentos de adição ou Perturbação Obsessiva Compulsiva (POC) por exemplo).
A importância de explorar as áreas cerebrais associadas ao controlo da capacidade de efectuar acções nunca antes efectuadas, e à capacidade de automatizar uma acção já antes realizada mas de um modo diferente ou novo, torna-se o foco central deste estudo. Num plano mais abrangente, não se pode deixar de referir o aspecto positivo que este trabalho acarreta para as instituições portuguesas e para Portugal, tendo em conta o valor da investigação científica em todo o mundo.







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